quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Espetáculo "Quando crescer... Eu quero ser...", por Alcione de Souza e Rosana Oliveira da Silva

Espetáculo: Quando Crescer... Eu Quero Ser...
Teatro Xirê
Por Alcione de Souza*
Orientação: Profa. Aline Teixeira

O espetáculo infantil Quando Crescer eu Quero Ser... do teatro Xirê, é uma proposta cênica que utiliza elementos de dança e de teatro com a duração de 60 minutos imperceptíveis. O bom humor é um dos recursos que a companhia utiliza para expor sua pesquisa que discute futuro, erros e acertos; com clareza e objetividade, intriga o pensar na trajetória dos sonhos infantis.

A História está gira em torno de uma personagem infantil chamada Jujuba de Morango que deseja ser uma bailarina e se esforça para alcançar seu obejetivo, e descobre pelo caminho os impedimentos reais da materialização dos sonhos. Boa personificação do personagem realizada pela atriz que nos remete ao mundo de criança em todo o decorrer da peça.

Jujuba de Morango, acompanhada por uma mala de onde tudo se tira, inicia sua tragetória de prepação para ser uma futura bailarina, mas para isto necessita de todo uma estrutura física, de um figurino adequado e de um treinamento disciplinador.

Mas durante toda esta preparação, Jujuba de Morango encontra vários obstáculos que são contornados com bom humor, a princípio, mas durante o processo ela descobre a inviabilidade de seu projeto e continua a procura do que quer ser quando crescer.

O figurino obteve papel importante no espetáculo para auxiliar a construção do personagem por suas cores e detalhes reais de uma preparação para uma aula de balé, a iluminação bem diversificada colaborou em muito em manter o ambiente cenográfico com uma continuidade de pensamento, assim como a sonoplastia pois ambos foram perfeitamente sincronizados com a história cênica, o que causou um efeito de continuidade de tempo.

Boa exploração do espaço cênico e do público que participa através de um diálogo passivo o que permite prender a atenção sem monotonia, pois em cada dificuldade ou conquistas que Jujuba de Morango realiza ela compartilha com o público que se sente convidado a associar-se as suas situações embaraçosas, como a cena em que esta presa a cadeira.

Um grupo de crianças com idade média de 10 anos que assistiram a peça, enfatizaram a forma inteligente de como foi abordado um assunto tão presente neste momento da vida deles, e observaram como a personogem enfrentou as dificuldades impostas pela situação da escolha pelo futuro com vontade. Espetáculo com humor bem elaborado e de bom gosto onde o àpice está na reação do público, infantil e adulto, que se diverte e pesnsa sobre o tema proposto pelo idealizador.

* Alcione de Souza é aluna do curso de Bacharelado em Dança da UFRJ. 



Espetáculo: Quando Crescer... Eu Quero Ser...
Teatro Xirê
Por Rosana Oliveira da Silva*
Orientação: Profa. Dra. Lígia Tourinho



O espetáculo apreciado é “Quando Crescer, Eu Quero Ser...” interpretado pela atriz Andrea Elias, cujo enunciado já provoca uma interrogação e mistério do que venha a ser essa expressão. Apesar de ser um espetáculo de dança-teatro voltado para crianças, o que  foi visto durante o evento é que os adultos voltaram a ser crianças também, se divertindo bastante. O Teatro Xirê também significa festa e brincadeira, o que tem tudo a ver com que as crianças mais gostam de fazer. O nome do grupo sugere um mergulho através da brincadeira, no mundo infantil.

É um trabalho feito para o público infantil onde mostra a realidade dos seus pensamentos, trazendo a atenção para os percursos em busca da sua idealização, através da Companhia, é possível, de um jeito crítico distraído, refletir essas conseqüências adquiridas com o tempo.

Assim que se chega ao espaço cênico observa-se um lindo tapete colorido colocado em frente onde à cena é realizada, despertando a curiosidade de algumas crianças que automaticamente sentam e experimenta o local. Elas se sentem tão bem no espaço que em certos momentos entram em cena sem perceber que estão fazendo parte dela. A atriz, durante todo o espetáculo, soube conduzir muito bem esses momentos, proporcionando uma interação constante com o público através de sons e ruídos. Esses momentos eram tão envolventes que o público acabava respondendo da mesma forma a esses sentidos como, por exemplo: os gemidos transmitidos pela a boca, expressões faciais e ruídos de objetos usados em cena guardados numa mala.

A personagem manipula objetos guardados em sua mala durante as cenas e cria vários brinquedos construídos da sua imaginação e desperta através dos seus movimentos, a atenção do público para si e na maioria das vezes provocando risadas, o que leva o espectador a viajar nesse universo infantil que é repleto de dúvidas e pensamentos incríveis. A indumentária transmite alegria para as crianças por ser bem colorida, trazendo a atenção das crianças para o espetáculo. O que mais impressiona é que qualquer objeto é transformado em brinquedo, o que instiga ainda mais a fantasia representando o dia a dia das crianças como, por exemplo, em um momento da cena em que a personagem brinca que está nadando numa piscina embora esteja em cima de um plástico no chão.

Em certos momentos a personagem transmite formas e movimentos de uma bailarina e como é a dificuldade de fazer aulas de balé e ir  em busca de algo que tanto  deseja.  É possível ver durante a cena, a figura de uma bailarina idolatrada por ela, que lhe servia de inspiração e depois de várias tentativas sem sucesso, ela resolveu seguir outro rumo.

No final do espetáculo, na última cena, aparece a figura de uma astronauta, deixando novamente a incerteza sobre o caminho seguir. O espetáculo termina com a despedida da personagem carregando a mala.



* Aluna do 3o. período do curso de Bacharelado em Dança da UFRJ. Especialista em a Dança e Consciência Corporal. Graduada em Educação Física.

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